>#igorversusaracaju: Aracaju e o gay que aqui reside.

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Boa Noite pra você que tá fazendo regime e decidiu criar um blog sobre isso e deletar outros que, sei lá, não precisavam existir na blogosfera. 
 
Decidi reorganizar minha vida virtual e, por um acaso, escrevi um texto muito bom sobre os gays daqui. Teve um comentário, mas é nada mais nada menos que um retrato cruel e preciso desses indivíduos nesta cidade. Segue texto e, a partir de Domingo, falarei de coisas da minha cidade. =)
 
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Boa Noite.
 
Como alguns que devem me conhecer, eu sou o Igor, e cuido deste twitter. (também tenho facebook tbm, se interessarem.) Tenho 23 anos, sou entusiasta das novas tecnologias e tenho um fraco por comida. Mas um fraco mesmo. Por isso que sou meio fora de forma. HAUEHAUEHAUEHAUE
 
E decidi criar este espaço pra colocar minhas impressões sobre a cidade de Aracaju. Algo como: Aracaju na vista de um aracajuano. Mas por quê a necessidade?
 
Acho que faltava um espaço que eu dissesse, sem apelar pro twitter, as coisas que penso da minha cidade. Uma cidade que almeja ser grande, mas temSÉRIOS problemas em ter mentalidade de cidade pequena.
 
O principal motivo? Segue relato.
 
Estava eu no Twitter quando vi algum comentário sobre o Pré-Caju (uma micareta daqui). As pessoas estavam comentando que não queriam num bairro nobre da cidade pq atrapalha todo o trânsito. Ok.
 
A grande questão foi que eu perguntei QUAL LUGAR seria melhor para ser realizado o evento. Nenhuma resposta. E quando eu sugeri que fosse feita na Zona de Expansão, as pessoas quase iam me bater pq não queria lá. Sobretudo um funcionário do governo que sequer respondeu a minha indagação sobre uma sugestão de outro local. Finalmente, o que concluí?
 
Simples. Um dos traços mais fortes do aracajuano é criticar, sem mostrar uma outra proposta. Queria debater, mas é aquela coisa: parece que ninguém está disposto a isto.
 
Mas eu tô. Se eu não me enjoar desse blog.
 
A proposta principal é contar de causos e carasterísticas dessa cidade que se proclama como capital da qualidade de vida, quando, na verdade… Num chega nem a 45% disso.
 
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E o primeiro tema versa sobre um assunto meio delicado, e que sei pq existem pessoas que sou amigo e convivem direto com esta realidade: o gay de Aracaju.
 
Aracaju não é uma São Paulo. Por causa de um tudo. Conservadorismo na cabeça de muitos (até dos ditos “moderninhos”, falta de opções bacanas para o público específico, uma praia que não é bonita, e etc. Quem mora aqui, sabe de tudo isso.
 
Muita gente diz que Aracaju não tem muitos gays, não tem muitas opções de gente. Pois digo: tem. E muita gente é, sim.
 
Pode ser o seu professor, o seu primo, o seu colega de classe, o seu colega de trabalho… Sempre tem em qualquer lugar. Mas acordado com minhas pesquisas, Aracaju tem muitos. Mas não existiriam em estatísticas oficiais, se houvessem.
 
Melhor perguntando: como Aracaju não tem tantos gays, ao mesmo tempo que tem, e em excesso? Por que é tão complicado namorar ou se relacionar com um gay por estas bandas daqui? Segue motivos.
 
 
1) Ficar no armário é a solução mais cômoda. A opção da pessoa ficar no armário é livre. Você vive no Estado Democrático de Direito. Só sai dele se achar melhor. Acaba sendo a melhor das opções por causa de uma sociedade machista, patriarcal e cheia de perigos como a nossa. Salvaguarda a casa, a família, o emprego, a própria vida da pessoa. Mas, por outro lado, esse ocultismo pode acarretar num certo conformismo nas agressões que envolvem pessoas como eu (que sou gay) e você. Pode resultar num escassamento de opções pra encontrar pessoas que tenham os mesmos gostos que você. E, com isso, vamos ao segundo ponto,
 
2) EXCESSO DE CRITÉRIOS. O grande problema do gay é que ele tem a capacidade de discriminar alguém do seu próprio gueto. Ex.: fã de Madonna que hostiliza fã da Bethânia que hostiliza fã da Ke$ha que hostiliza… (e segue a chain). A pessoa desenvolve critérios tão altos pra se relacionar com alguém que tá mais fácil ela comprar um iPad cravejado de Swarovsky que namorar. Por isso, acaba-se apelando pra Internet e viagens a outros lugares, comoSALVADOR (irei discutir sobre isso em um outro assunto). O bacana é ver se a pessoa é legal, é maneira, tem um papo legal, com gosto legais. E não com exigências absurdas.
 
3) A massificação do ser. Acho de um absurdo tão grande a pessoa gostar das mesmas coisas, dos mesmos filmes. Por exemplo: eu não sou fã de Glee. Mas um amg meu AMA. O que acho foda é isso. A gente batalha todo dia pra ser diferente quando, de repente, um se torna diferente do que as pessoas dizem por diferente e já hostilizam. É como se houvesse umaPADRONIZAÇÃO do que seja o dito “comportamento gay”. Dou um exemplo prático: digamos que um fã de Ivete Sangalo gosta muito da cantora, e eu fiquei afim. Acontece que eu adoro bandas como… Nine Inch Nails. E a pessoa começa a te criticar pq ouve um cara que xinga Deus e o mundo, é depressivo, e outras baboseiras. Porra. Teus antepassados LUTARAM pra gente ser livre, e tu vem dessa?
 
4) A própria mentalidade do gay aracajuano. Em Aracaju, ainda se tem aquela ideia de que quem vai pra bar gay é um cidadão de segunda classe. Queima a sua reputação. A sua família fica horrorizada. Logo, os melhores partidos vão para baladas onde se encontram héteros ou pessoas ditas “no seu nível social”. E o resto vão pra esses bares, dando a impressão de ser baixaria. É uma posição lamentável. Outro ponto a ser discutido é a acomodação de muitos em não lutar pelos seus direitos ou não criar novas opções de encontros, se limitando a um fator que citarei up next.
 
5) PANELINHAS. Já imaginou você conhecer pessoas que nem falam direito com você pq fazem parte de uma panelinha que num vai com a tua cara? Já passei por isso. E ainda passo! Algumas vezes já tiveram momentos que eu tinha de sair de perto depois de uns 30 segundos pq depois o clima ia ficar desagradável. Viver num mundo que é só você e alguns da panelinha, com festas que você e alguns da panelinha fazem, é chato, é entediante. Já pensou o quão melhor a cidade seria se as pessoas não fossem tão fechadas nisso, tão… Metidas, vamos dizer assim?
 
E estes são os meus motivos. Se tiver alguma opinião sobre o tema, ou sugestão de novas pautas, por favor. Fica à vontade. =)
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Legal, né? Se não gostou, foda-se, KKKKKKKK. Ah, mudando de assunto: sabe o projeto Born This Way Brazil? Eu tô participando. Participe você também. =)

Publicado por igumaia

Tecnologia, Videogames, Cultura Pop (e nem tão pop assim), Viagens, Delírios, Vida Noturna e outras coisas. Amo conversar. Só iniciar. :)

4 comentários em “>#igorversusaracaju: Aracaju e o gay que aqui reside.

  1. Nunca vi uma cidade com tantos homossexuais em minha vida, nem no Rio, nem em Salvador, e até mesmo na imensa São Paulo. Parece que de cada dez homens em Aracaju, cinco são gays. Você vê um gay a cada esquina, em cada ônibus que entre, nos shopping então, nas ruas, nas escolas, nos supermercados, é como se todos os homens dessa cidade fossem gays, até confundo um hetero com um gay de tantos viados que existem por aqui. Agora vem o mais engraçado, a menos que você seja muito bonito de corpo e de rosto, a coisa mais difícil daqui é conseguir levar um cara gay aracajuano (ou de fora mesmo) para cama, eta povo difícil sô! São muito fechados, não conversam com outros gays, é como se um fosse inimigo do outro. E tem mais, vivem na putaria, na orla fazem sexo adoidados, atrás de uma delegacia, vivem nesse ponto da orla onde rola a famosa “pegação”, mas namorar mesmo é a coisa mais difícil que existe por aqui. Realmente, essa cidade é descarada e gostosa de se morar, mas a vida gay daqui deve, e deve muito. Muita comida para pouca fome, ou muita fome para pouca comida?! E aí painho!

    1. Leandro, muito obrigado por comentar este post! E desculpa por ver só agora.

      Aracajuano é muito cheio de dedos. Não dá brecha, todo mundo se conhece, só quer cara dito ~top~ (AF ODEIO ESSE TERMO COXINHA), mas tenho uma correção a fazer. O povo não vive na putaria.

      Na verdade, o povo vive tão cheio de dedos que nem putaria faz. Os poucos, esses eu admiro e respeito, pq tá nem aí pro julgamento da sociedade, e estas pessoas respeito. 🙂

      Mas isso não quer dizer que não tenha muita gente séria pra namorar. Até tem. Mas a pessoa liga? Que nada. Quer ficar com os protótipos de mcho alfa. São galerinha de panela nervosa, e sabe? Odeio isso.

      E sabe o que é pior? quando você faz muitos amigos, tu tem tesão e vontade de ficar com eles, e dispensam pq você é amigo ou pq não tá afim de vocês.

      Mas gostei muito de você e de tua opinião, Leandro. Apareça sempre mais vezes aqui. E concordo demais com teu comentário.

  2. Vélio, – Acho que posso falar assim, correto? – seu texto fala muito bem do que é o aracajuano gay, porém, em questão aos ambientes Gays e ao “lutar pela causa”, acredito que se está um nível abaixo do que se espera (e acho que um nível é pouco) é pelo fato de o próprio HOMOSSEXUAL (GAY, pra parecer menos agressivo) se rebaixar. Não apoio a Parada Gay pelo fato de não ser mais um movimento em prol dos direitos do homossexual, e sim, uma festa com muita coisa que é reprovável, não só pela sociedade preconceituosa, mas pelo que se acha correto mesmo. Nem os ambientes gays daqui de Aracaju, que sinceramente, conta-se a dedo (sim, no SINGULAR mesmo) um lugar que preste. Mas, no mais, belo texto. Infelizmente estamos num estado arcaico e me parece que isso vai demorar um pouco a mudar. Diga-se se não se revolucionar o momento em que vivemos. E entenda-se revolução como processo de LUTA, agressiva e imediata.

    FALEI!

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